Faz tempo que estou querendo falar disso e fico adiando. Mas vi agora um post do Paulo Coelho no twitter que me deu o conforto de ter em quem botar a culpa: foi o Paulo que começou.
Disse ele: “Saindo pra jantar com Alessandra da WWF. Tentando entender porque os pandas têm prioridade sobre as crianças”.
Pois é. Por que?
Nada contra os pandas, que fique claro. Mas se tem uma coisa que incomoda é um panda (e seus amigos bichos) ter esse “assento preferencial”.
Em uma emergência definimos prioridades. Uma única criança na rua, no farol, agredida, abusada ou esfomeada não é um problema social a ser analisado. É uma casa pegando fogo, é um acidente na estrada, é um vulcão explodindo, é uma queda de avião. É agora, urgente. É caso de socorro imediato.
Que mundo esquisito abriga cães sem dono enquanto crianças “viram latas”?
Se você ainda acredita que seu pet “pensa que é gente” (o delírio clássico dos donos de pets), crianças abandonadas pensam que não são. Porque gente tem casa. Gente tem afeto. Gente tem fome. Gente vem antes de tudo.
Por isso, não estou nem aí pras baleias. Por isso, não me digam pra adotar um bichinho abandonado. Honestamente, não me comove.
Crianças também estão sob risco de extinção. Ou de virar sabão.
Agora, uma música para reflexão. Oremos.
SIGA-ME!